A intrigante Boneca Russa

A fixação da Netflix sobre o tema morte é impressionante, mas um seriado de comédia sobre o assunto pode ser um pouco demais.
Sua nova série, Boneca Russa, tem como principal objetivo trazer a morte de uma forma um pouco mais cômica. A história fica por conta de Nadia, uma pessoa comum que leva uma vida um pouco fora do normal, levando em conta que ela morre diversas vezes e a história vai progredindo desta forma.
Mesmo tendo um caminho traçado por milhares de outros filmes e séries de sucessos com o mesmo tema, a Netflix resolveu inovar, trazendo aspectos muito mais profundos que uma simples história de “brincar com a morte”. Mesmo não sendo simples, a narrativa não consegue prender telespectador por muito tempo; em uma série onde a história se repete várias vezes, é necessário uma grande inovação, para não deixar a história maçante, mas mesmo tentando, não foi o bastante para deixá-la no mesmo patamar que outras.
Uma coisa que realmente chama a atenção, é a falta de equilíbrio entre os fatores, se levarmos em conta que um seriado precisa estar com tudo bem equilibrado para não sofrer um “desnível”, mas em Boneca Russa, o desequilíbrio é visível, principalmente quando eles trazem uma tentativa de trazer mais humor com drogas e sexo, mas isso acaba quebrando o clímax da história, mostrando que a Netflix precisa entender que não estamos em Black Mirror.
Destarte, “Boneca Russa” não atinge seu objetivo, que é ser uma série de “humor ácido”, além de ter uma história muito confusa e um final mais confuso ainda; mas vejo potencial numa futura (incerta) próxima temporada, onde eles não exagere em tantos fatores e que consigam fazer um roteiro mais emocionante.

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